Conselhos Úteis/Boas Práticas

COMO ESCOLHER UMA BICICLETA DE BTT (BIKE)


No mundo das duas rodas, a bicicleta todo o terreno (BTT) representa um dos desportos radicais mais vibrantes e apaixonantes para todos os seus praticantes. Contudo, para praticar o BTT com a máxima segurança, é necessário ter uma boa bike.
A escolha de uma bicicleta para a prática do BTT não é uma tarefa de fácil realização e a sua compra é um investimento avultado.
Assim, para não errar no momento da compra, saiba como adquirir a bicicleta mais adequada para a prática do BTT.

Deve ter em atenção os seguintes aspectos :

A MODALIDADE

No BTT existem 4 modalidades principais: Cross Country (XC), Down Hill (DH), Free Ride (FR) e Dual (DL).
Em cada modalidade as bicicletas têm características muito próprias e permitem desempenhos diferentes. Uma bicicleta de XC caracteriza-se pela sua leveza e tem a suspensão na roda da frente para aguentar os impactos frontais que possam surgir nas respectivas provas.
As bicicletas de DH têm suspensões muito desenvolvidas em ambas as rodas, assim como mudanças apropriadas para as grandes descidas a altas velocidades.
Já as bicicletas de FR são uma mistura de XC e DH. São bicicletas com suspensão nas duas rodas e foram construídas para que os seus praticantes possam apreciar a adrenalina que as grandes descidas provocam, mas também permitem fazer subidas sem grandes dificuldades.
Quanto às bicicletas de DL, estas são as mais recentes do mercado e são caracterizadas pela sua robustez e fiabilidade. As provas de DL são realizadas com a largada ao mesmo tempo de dois ciclistas e as bicicletas são utilizadas em circuitos específicos, de preferência curtos, acidentais e com muitos saltos.
Assim, a escolha e a compra de uma bicicleta está intimamente ligada à modalidade que o praticante queira realizar.

O QUADRO

Quando se fala em quadros para uma bike há que ter em conta o material com que é feito esse mesmo quadro. Cada um tem as suas vantagens e desvantagens de utilização. Dos quadros de uma bike BTT, destacam-se aqueles que são feitos de acordo com os materiais seguintes:

Os quadros em aço: São os mais acessíveis em termos de custos e oferecem uma elasticidade singular a todos os ciclistas. As vantagens associadas a este tipo de material (Aço Cromo-Molibdénio) são essencialmente o conforto proporcionado. Contudo, o peso deste quadro requer que um ciclista tenha uma forte vertente física, caso contrário as suas energias perder-se-ão rapidamente;

Os quadros em alumínio: Não são quadros fisicamente tão resistentes como o aço, mas são mais leves, o que permite um maior manuseamento da bike. Por outro lado, apresentam uma grande rigidez, o que confere ao ciclista uma maior pedalada. Em pisos desiguais, assim como nas provas mais longas, esta rigidez pode tornar-se muito desagradável durante todo o trajecto, pois conduz a um maior desgaste por parte dos atletas. As ligas habitualmente mais utilizadas são as da série 7000 e as da série 6000;

Os quadros em fibra de carbono: Este é um material anticorrosivo e é sinónimo de grande qualidade, pois a fibra de carbono é de grande leveza e resistência. Porém, a fibra de carbono é muito frágil em caso de queda e o seu custo comercial não é acessível para todas as carteiras;

Os quadros em titânio: Os quadros em titânio superam todos os outros, graças à leveza, resistência e capacidade de absorção de vibrações dos seus materiais. É o quadro preferido por todos os utilizadores e competidores e encontra-se facilmente nas competições de BTT. A grande desvantagem dos quadros em titânio é o seu preço, que pode revelar-se um investimento muito elevado para muitos atletas.

O TAMANHO

Uma escolha adequada de uma bicicleta deve responder às características físicas de cada pessoa, nomeadamente o seu peso e altura. Existem pessoas maiores que outras e, como tal, é natural que existam bicicletas com diferentes dimensões.
A bicicleta deve ser assim adaptada ao seu utilizador para que este consiga usufruir do máximo conforto e segurança em cima da sua bike. Depois, cada ciclista pode optimizar a sua postura na bicicleta, mudando por exemplo a posição do selim, de forma a obter o melhor rendimento.

A SUSPENSÃO

As suspensões devem ser cuidadosamente seleccionadas, uma vez que uma boa suspensão aumenta a estabilidade e o conforto do condutor na bicicleta. Uma má suspensão é apenas um peso a mais que o ciclista tem de puxar.
Existem bicicletas de montanha rígidas, nomeadamente as que apresentam uma suspensão dianteira e as de suspensão total ou dupla suspensão, que são as bicicletas que têm suspensão traseira e dianteira.
A suspensão é assim um critério de extrema importância na escolha de uma bicicleta, na medida em que protege o condutor das vibrações do contacto da roda com o solo durante um determinado percurso sinuoso.
É fundamental que o ciclista reveja todos os anos o estado da suspensão da sua bike, de forma a verificar que a mesma não perdeu a sua eficácia.

OS TRAVÕES

O sistema de travagem é um dos aspectos fundamentais para qualquer tipo de veículo, seja ele um automóvel ou uma moto, e uma bike BTT não é excepção. Numa bicicleta existem travões de vários tipos: cantilver, V-brake, hidráulicos ou de disco.
Actualmente, a maioria das BTT´s dispõem de travões em V, de disco mecânicos ou hidráulicos e estes são, sem dúvida, os mais eficazes para uma utilização off-road.
Os travões em V são extremamente eficientes quando são utilizados com tempo seco, são os mais acessíveis do mercado e não exigem grandes cuidados ao nível da manutenção.
Os travões de disco mecânicos oferecem uma travagem precisa quando se encontram bem afinados. À medida que a temperatura da roda aumenta, os travões vão perdendo a sua eficácia, no entanto, o ciclista pode contornar esta situação ao utilizar rotores (discos) maiores. Um ciclista deve ter em atenção que ao utilizar este tipo de travões, os calços não devem entrar em contacto com óleos ou substâncias gordurosas, caso contrário ficam destruídos e sem capacidade de atrito e travagem. A nível de custos, são mais caros que os travões em V, mas não requerem grandes cuidados na manutenção, sendo necessária apenas uma chave para ligeiras correcções.
Por último, os travões de disco hidráulicos são bastante eficazes em qualquer piso e sob qualquer tipo de clima e quase que dispensam afinação. O sistema hidráulico exige pouca força ao premir o travão, caso contrário o condutor arrisca-se a sair disparado da bicicleta. Todavia, os travões de discos hidráulicos apresentam um maior desgaste de materiais e a sua manutenção é cara e demorada. Em comparação com outros travões, os hidráulicos são os mais caros, mas são aqueles que obedecem imediatamente aos comandos do ciclista.
Ao escolher uma bicicleta, o ciclista deve conhecer os melhores travões para a prática do BTT. Depois, o que os diferencia, é uma questão de gosto pessoal e do dinheiro que o ciclista está disposto a investir para os ter.

O CUSTO

Actualmente, existem no mercado bicicletas de BTT cujo custo varia entre os 250 euros e os 6.000 euros.
 Uma boa bicicleta para a prática do BTT é aquela que é leve, resistente e que garante a máxima fiabilidade para todos os ciclistas.
Usualmente é cara graças aos seus componentes, como o quadro, suspensão e travões e os custos variam de acordo com a modalidade que o ciclista queira praticar.
O ideal para todos os iniciantes seria começar por uma bicicleta simples e, ao longo do tempo e consoante a prática da modalidade, modificar alguns dos seus componentes principais.

TÉCNICAS BÁSICAS PARA PRATICAR BTT

ÁRVORES CAÍDAS

Para passar por troncos ou raízes salientes, precisa de saber levantar a roda da frente e logo de seguida a roda traseira, sempre sem perder o equilíbrio.
Enfrente o obstáculo com velocidade moderada, deixe de pedalar e coloque ambos os pedais ao mesmo nível, puxe o corpo para trás e imediatamente antes de colidir com o obstáculo, puxe o guiador para levantar a roda da frente, logo depois da roda da frente passar o obstáculo e a pausar no chão, desloque o corpo para a frente e com a ajuda dos pés, levante a roda traseira, para que transponha o obstáculo com o mínimo de impacto possível.
Para praticar esta manobra, coloque vários troncos com cerca de 20 cm de altura, distanciados cerca de 3 metros. Os troncos devem estar fixos. Se tiver dificuldade em arranjar troncos, experimente subir passeios, aplicando a técnica descrita. Comece com passeios baixos. É uma forma de ganhar confiança, mas atenção, os passeios têm arestas que podem provocar furos em ambas as rodas, se a manobra for mal feita. Utilize a zona das rampas das garagens ou passadeiras.
Estará mestre quando conseguir levantar a roda da frente e sem a colocar no chão, levantar a roda de trás, ao mesmo tempo que ultrapassa o obstáculo: O famoso "salto de coelho".


VALAS

As valas e buracos mais fundos e compridos devem ser feitos a pé, enquanto não tiver a destreza suficiente (não se deixe influenciar pelos seus companheiros mais experientes. Fazer os obstáculos a pé denota bom senso, personalidade e coragem). Comece com valas pouco inclinadas. Antes de enfrentar a vala coloque uma velocidade leve, na descida puxe o corpo para trás e mal comece a subida passe o peso do corpo para cima do guiador e pedale sem solavancos. Se a vala tiver água ou lama no fundo prepare-se para as surpresas.


LAMA

O segredo para atravessar terrenos enlameados está no impulso inicial, não parar de pedalar para manter a velocidade.
Antes de enfrentar a lama, meta uma mudança mais leve e chegue-se para trás do selim, de modo a colocar o peso sobre a roda traseira, escolha o trajecto mais recto e simples, porque qualquer desvio vai faze-lo perder velocidade. Mantenha o guiador firme e evite travar.
Esteja sempre atento, nunca se sabe o que está escondido por debaixo da lama. Pode encontrar pedras, buracos ou paus. A lama é um dos maiores inimigos dos calços dos travões. (e de uma maneira geral de todos os mecanismos da bicicleta).


ARRANCAR A MEIO DE UMA SUBIDA

Perder velocidade, parar ou até mesmo cair numa subida é perfeitamente natural, principalmente em subidas técnicas.
Para recomeçar a pedalar, procure um local menos acidentado, ponha uma mudança leve (muito leve). Pode ser necessário levantar a roda traseira e engrenar a mudança manualmente.
Coloque a bicicleta num ângulo 45º em relação à inclinação do terreno, aperte as manetes dos travões e monte a bicicleta de forma a ficar com o pé apoiado no chão na parte mais alta da subida. A primeira pedalada é dada pelo outro pé. Não deve ser muito forte, caso contrário levanta a roda da frente e vai perder o equilíbrio. Aproveite o pé que estava no chão para simultaneamente dar impulso à bicicleta enquanto puxa o corpo para a frente e começa a pedalar.
Esta manobra, aparentemente fácil requer alguma prática em subidas difíceis. Não desista. Tente várias vezes até conseguir.


DESCIDAS

As descidas são um dos "obstáculos" mais perigosos do BTT. O excesso de confiança, a falta de prática, a emoção e a adrenalina da descida e os obstáculos surpresa fazem uma mistura explosiva e perigosa.
Convém engrenar uma velocidade pesada para esticar a corrente e evitar que salte. Por outro lado evita que pedale em "seco" quando precisar de pedalar. É fundamental saber escolher a trajectória, principalmente em descidas mais ou menos técnicas. Nem sempre o caminho aparentemente mais fácil é o melhor. A escolha da melhor trajectória aprende-se com a prática. Deve-se estar sempre a olhar para os 8 a 10 metros à nossa frente e nunca para a roda da frente.
Devemo-nos concentrar no piso escolhido e nunca no que evitamos. Depois de escolhida a trajectória já não há tempo para correcções. As reacções são instintivas e tudo se passa muito rápido. A partir de certa velocidade o nosso cérebro não é capaz de discernir todos os pormenores. Com a trepidação e a velocidade, vemos as coisa a passarem como um rascunho e só nos podemos concentrar naquilo que realmente nos pode fazer perder o controlo da bicicleta.
Quando começamos a descer, temos tendência em puxar o corpo para a frente. Se chocarmos com algum calhau, rego ou tronco, em vez de saltarmos o objecto, voamos por cima do guiador! Para evitar uma queda grave, estique os braços e puxe o traseiro para trás do selim. Aperte as coxas contra o selim e mantenha os pedais ao mesmo nível, para não perder o equilíbrio e evitar que choquem com objectos.
Esta posição - a tomar em descidas mais radicais - coloca o centro de gravidade muito baixo e mesmo perdendo o controlo da bicicleta a queda não será muito grave.
A maior percentagem da travagem pertence ao travão da frente, mas em terrenos com pouca aderência este travão deve ser utilizado com moderação, um descuido e temos a roda da frente a deslizar.
O travão da frente deve ser utilizado em trajectórias a direito. Se temos uma curva acentuada à nossa frente - numa descida por exemplo - devemos travar fortemente (com o travão da frente) imediatamente antes da curva, e mal entramos na curva, utilizamos o travão de trás para ajudar a conseguir a melhor trajectória.
Nas descidas mais técnicas e trialeiras, o travão traseiro é muitas vezes utilizado para orientar a bicicleta, e o travão da frente serve apenas para não deixar embalar a bicicleta em excesso.
Não fique a travar permanentemente durante muito tempo. Trave mais fortemente e em intervalos, assim evita o aquecimento dos calços/pastilhas, que pode provocar perdas significativas na capacidade de travagem.


AREIA

Sempre que possível evite andar na areia. A areia para além de ser uma das superfícies mais difíceis de ultrapassar, provoca grandes estragos na mecânica da bicicleta.
Quando tiver que enfrentar um trilho de areia, engrene uma velocidade não muito leve e enfrente o trilho com calma. O mais importante é não perder o balanço. Nunca deixe de pedalar, mesmo quando pensa que vai perder o equilíbrio. Seja confiante. Agarre o guiador com firmeza, não coloque muito peso sobre a roda da frente e evite andar aos ziguezagues.
Se a extensão de areia for grande não hesite, desmonte da bicicleta e atravesse-a a pé, não demora mais tempo e o material vai-lhe ficar muito agradecido (fazer o resto do passeio com a corrente a ranger, não vai ser muito agradável).
Se a corrente estiver "encharcada" em areia e não tiver dificuldade em arranjar água, utilize a água do seu bidão para "lavar" a corrente, desviador e mudanças.


SUBIDAS

As bicicletas de montanha foram pensadas para enfrentar as piores subidas. Com 24 ou 27 velocidades, é fácil a qualquer principiante, fazer a maior parte das subidas.
Para fazer uma correcta escolha da mudança de velocidades, é preciso alguma experiência. Pense nas mudanças a utilizar antes de começar a subir. Se vai enfrentar uma subida difícil, escolha a cremalheira (rodas dentadas da pedaleira) mais pequena. Depois, durante a subida só precisa de actuar num dos comandos das mudanças: O dos carretos da roda traseira, geralmente do lado direito.
Evite trocar de mudanças em esforço. Se precisa de colocar uma mudança mais leve (ou pesada), dê previamente 2 ou 3 pedaladas mais fortes para a bicicleta ganhar algum balanço e ter alguns segundos para fazer a troca de mudança sem esforçar a corrente e os carretos. Troca de mudanças em esforço, pode partir a corrente e causar danos graves nos dentes dos carretos.
Para se manter sentado durante uma subida inclinada, tem que saber distinguir o peso a aplicar nas duas rodas, para evitar levantar a da frente e perder a tracção na de trás. Para os principiantes, a melhor maneira de conseguir este compromisso é permanecer sentado, e colocar peso na roda da frente, inclinando-se sobre o guiador, mantendo o nariz a cerca de 10 cm do guiador e os cotovelos bem em baixo. O traseiro deve ser puxado para a parte posterior do selim.
O segredo está em não perder a tracção. Se a roda da frente levantar é fácil corrigir a trajectória. No entanto se perder tracção, perde rapidamente o equilíbrio e vai ter que desmontar.
Mas, a técnica não é tudo; A força nas pernas é essencial para recuperar das mudanças de ritmo provocadas pelos obstáculos que vão aparecendo na subida. 

Conclusão… quer tenha muita ou pouca prática, o mais importante é tirar o máximo prazer da sua bicicleta. Não ultrapasse os seus limites e terá longas horas de prazer e vontade sempre renovada de voltar a pegar na sua máquina para mais umas voltas.

Boas pedaladas


A ALIMENTAÇÃO


O atleta de alta competição necessita á volta de 4000 a 5000 kcal por dia, repartidas da seguinte forma:

55 % das calorias totais em glúcidos
30 % das calorias totais em lípidos
15 % das calorias totais em prótidos


 GLÚCIDOS

O atleta deverá preferir os açucares mais complexos na sua alimentação (cereais, batata, pão, massas, legumes, verduras, frutas etc.) Os açucares simples só devem representar 10% do total de glúcidos ingeridos diariamente, sendo tomados de preferência durante as refeições.
             
LÍPIDOS

Os lípidos têm um alto valor energético. Devemos ingerir mais gorduras vegetais do que gordura animais.
Exemplos de alimentos ricos em gorduras animais:
  • Carnes
  • Peixe
  • Ovos
  • Leite, e seus derivados
 Exemplos de alimentos ricos em gorduras vegetais:
  • Óleos de milho
  • Soja
  • Frutos secos
  • Azeite 
  • Margarina
PRÓTIDOS

A alimentação dos atletas deve conter simultaneamente proteínas animais e
vegetais, devendo a maior parte ser de vegetais em virtude de estas serem mais ricas em glúcidos.

Exemplos de alimentos ricos em proteínas animais:
  • Carne
  • Peixe
  • Milho
  • Cevada
  • Centeio
  • Feijão
  • Ervilha
  • Grão
  • Fava
  • Soja
  • Amêndoa

    O uso exagerado da carne tem grandes inconvenientes, o seu alto teor em gorduras saturadas e colesterol. O peixe constitui uma boa alternativa á carne, pois a sua gordura é, na maior parte, insaturada.
    O leite é uma boa fonte de nutrientes, o desportista deverá ingerir pelo menos 0,5L por dia, para satisfazer entre outras, as suas necessidades de cálcio. No caso do atleta já ingerir muitas gorduras noutros alimentos deverá consumir leite magro ou meio-gordo.
    Devemos preferir os cereais integrais ou, pelo menos enriquecidos artificialmente. Ao pequeno almoço, devemos utilizar flocos ou papas de cereais integrais ou enriquecidos. Preferir também  o pão integral.
    A batata é um bom alimento glúcido, devendo ser cozinhado com casca e preferir as cozidas ou assadas ás fritas.
    As frutas são muita ricas em celulose, vitaminas e sais minerais. O atleta deverá ingerir pelos menos duas peças de fruta por dia, sendo uma delas de citrinos.

    Devemos fazer cinco a seis refeições por dia distribuídas da seguinte maneira:

    Pequeno almoço 25% das calorias totais
    Meio da manhã 10% das calorias totais
    Almoço 30% das calorias totais
    Lanche 10% das calorias totais
    Jantar 25% das calorias totais

    Não chega ter a sensação do estômago cheio,eliminar ou evitar os alimentos que só contribuem com calorias e que não são nutrientes como os bolos, guloseimas, bebidas gasosas, etc...
    Evitar chá preto, café e álcool, pois podem causar uma indesejável diminuição da eficiência muscular, dar preferência aos alimentos do grupo pão – cereais e vegetais – frutas, devido ás grandes necessidades calóricas dos atletas.
    A mastigação dos alimentos é extremamente importante, pois uma boa fragmentação e salivação é essencial para uma boa e eficiente digestão, com aproveitamento máximo dos nutrientes dos alimentos.
    As refeições devem ser tomadas sentados e em ambiente calmo e os alimentos não deverão ser ingeridos sofregamente.
    Não beber muitos líquidos ás refeições, principal no seu inicio pois, levam a uma diluição dos sucos digestivos, originando uma má digestão e má absorção dos alimentos, além de darem uma noção de saciedade precoce pela dilatação do estômago pelos líquidos. Preferir água e sumo naturais em detrimento de bebidas artificiais, alcoólicas e gaseificadas.
    Evitar comidas gordurosas pois atrasam a digestão por uma diminuição da motilidade intestinal.
    Não fazer esforços físicos com o estômago cheio pois pode originar náuseas, vómitos ou cólicas abdominais, nem exercer actividade física em jejum.
    O café e o leite não parecem ser indigestos quando tomados separadamente, no entanto, quando ingeridos simultaneamente são indigestos por formação de  tonato de caseína no estômago, prolongando a digestão.
    Não comer proteínas em excesso .
    Usar menos proteínas animais e mais proteínas vegetais, pois são menos ricas em gorduras saturadas e mais ricas em glúcidos.
    A ultima refeição antes da competição deverá ser tomada 3 horas antes.
    Manter o horário regular de refeições.
    Não estar mais de 3 h 30m sem comer, principalmente em véspera  de competição.
    Devemos beber líquidos antes da competição, principalmente se esta for longa e fizer calor.
    A bebida deverá:

    Ser ligeiramente açucarada.
    Ser tomada a partir de 2 horas antes da competição. Evitar tomar nos últimos 30 minutos.
    Ser tomada regularmente e em pequenas quantidades.
    Beber regularmente durante a competição para evitar a desidratação, (água com sacarose, frutose, ou glucose, 10 a 20 gramas por litro).

     - Após a competição deveremos:

    Beber bebidas alcalinas minerais.
    Beber sumos de tomate, laranja, ou comer banana, ricos em potássio.

     - Após a competição não deveremos ingerir:

    Bebidas com cafeína (cola, café, etc..)
    Bebidas não naturais.

    As melhores fontes de vitaminas são os alimentos. Só devemos utilizar produtos farmacológicos quando por diversas razões não podemos ter alimentação rica e diversificada.

    COMO PREVENIR CÃIBRAS


    As cãibras podem aparecer por razões distintas:

    1- Pouco treino na intensidade e/ou duração em que é feita a prova;
    2- Ingestão de poucos líquidos antes/durante a prova;
    3- Níveis baixos de algum mineral: sobretudo magnésio, sódio ou cálcio;
    4- Ingestão exagerada de algum diurético ou cafeína (em forma de café ou produtos energéticos que a contenham).

    O ponto 1 pode ser a principal razão. Pois geralmente quem faz as maratonas de BTT a nível amador, quase nunca treina à intensidade e duração semelhantes à prova.

    O ponto 2, deves beber cerca de 700-1100 ml por hora.

    O ponto 3, só umas análises poderá detectar se tens tendência a ter algum mineral baixo. De qualquer forma, não faz mal nenhum, se tomares 400mg de magnésio/dia, 1 grama de cálcio/dia, e no dia anterior á prova abusares um pouco mais do sal na comida.

    Ponto 4- A cafeína pode e dever ser ingerida durante o exercicio fisico, mas terá que ser controlado. Mais que 200-300 mg pode ser demasiado. Mas como é obvio varia de pessoa para pessoa. Só para teres uma noção, uma bica contém cerca de 100mg de cafeina.


    VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO REGULAR DA BICICLETA

    Quer seja por diversão, descontracção ou competição, pedalar faz bem à saúde e ajuda a combater os quilos a mais e a conseguir uma aparência mais elegante.

    Além das vantagens para a saúde, a bicicleta é o veículo mais económico e menos poluidor. Para além de ser um meio de transporte totalmente eco­nómico e ecológico, é um excelente instrumento para quem quer melhorar a sua forma física e psi­cológica porque ajuda a perder os quilos a mais e proporciona a melhoria da auto-estima e do bem–estar.
    Com um passeio de apenas 40 minutos, po­derá queimar cerca de 300 calorias. E se mantiver este ritmo por  mais de dois meses, irá notar que as suas pernas ficarão 25% mais fortalecidas e os mús­culos do abdómen mais tonificados.
    Andar de bici­cleta, um exercício aeróbico, é ainda excelente para regularizar os níveis da tensão arterial, triglicéridos e colesterol.
    No entanto, há aspectos que não deve descurar ao praticar este desporto: use sempre capacete, caneleiras e protecções para os joelhos e cotovelos. Se o passeio for depois de ter escurecido, é também fundamental vestir um colete reflector e usar painéis luminosos e luzes na bicicleta.

    Durante o século XX ocorreu uma substancial redução da frequência e intensidade de actividade física na vida dos seres humanos. Esta situação teve significativo impacto nos indivíduos e nas sociedades. O exercício físico produz melhorias significativas no bem-estar físico e mental, tem uma relação causa/efeito nas alterações na autoestima nos adultos, reduz a ansiedade e a depressão, a tensão, e o stress, assim como incrementa o vigor mental.
    A actividade física, num envolvimento natural, pode ser uma excelente ajuda para estas pessoas. A melhoria do nosso estado de saúde tem uma influência determinante na nossa qualidade de vida. Tal como está institucionalizado internacionalmente, é um problema de saúde pública.

    Os efeitos benéficos da prática de uma actividade física regular (como por exemplo BTT):

    Nas doenças cardiovasculares:

    - Melhora a pressão arterial;
    - Previne as doenças das artérias coronárias;
    - Melhora o colesterol e outras gorduras no sangue;o risco de morrer prematuramente de doença do coração.

    Nas doenças metabólicas:

    - Fundamental no controle do peso;
    - Fundamental na prevenção de diabetes.

    No sistema locomotor:

    - Evita a osteoporose;
    - Músculos ficam mais fortes;
    - Postura mais correcta;
    - Previne e melhora as dores crónicas das costas.

    Na imunidade:

    - Melhora a capacidade de lutar contra as infecções;
    - Menos cancros (da mama, do cólon, etc.).

    Na saúde psicológica:

    - Mais auto-estima e auto-confiança;
    -Combate e evita a ansiedade;
    - Descarrega o stress;
    - Previne e ajuda a tratar a depressão;
    -Melhora certas capacidades intelectuais;
    - Promove a socialização;
    - Pode auxiliar na luta contra a droga.

    (Fonte: Fundação Portuguesa de Cardiologia)